DOCE FENDA
Oswaldo Antônio Begiato
tem horas
que sou horas
tem horas
que sou urgente
tem horas
que sou outro dia
tem horas
que sou
permanente
tem horas
que sou azul
tem horas
que sou verde
tudo depende
do ângulo
em que o sol
rasga
meu espelho-d’água...
...e da distância de seu entardecer
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
terça-feira, 20 de novembro de 2012
FARINHA DO MESMO SACO
FARINHA DO MESMO SACO
Oswaldo Antônio Begiato
Somos
Uvas do mesmo vinho,
Folhas do mesmo outono,
Geadas do mesmo inverno,
Pétalas do mesmo buquê.
Somos
Curvas da mesma história,
Quinas da mesma sorte,
Sinos da mesma catedral,
Contas do mesmo rosário.
Somos
Trilhos do mesmo descaminho,
Dúvidas da mesma verdade,
Inversos do mesmo espelho,
Mistérios da mesma esfinge.
Somos
Pinceladas da mesma tela,
Paisagens da mesma vidraça,
Luzes do mesmo olhar,
Estrelas da mesma farda.
Somos
Asas da mesma estratosfera,
Pérolas do mesmo oceano,
Lágrimas do mesmo lustre,
Gotas do mesmo temporal.
Somos
Cordas do mesmo violino,
Claves da mesma pauta,
Notas da mesma tristeza,
Canções do mesmo Universo.
Somos
Plurais do mesmo amor singular,
Pluriformes na mesma vastidão;
Dois corpos e uma única substância.
Somos um só e que se dane o destino.
Oswaldo Antônio Begiato
Somos
Uvas do mesmo vinho,
Folhas do mesmo outono,
Geadas do mesmo inverno,
Pétalas do mesmo buquê.
Somos
Curvas da mesma história,
Quinas da mesma sorte,
Sinos da mesma catedral,
Contas do mesmo rosário.
Somos
Trilhos do mesmo descaminho,
Dúvidas da mesma verdade,
Inversos do mesmo espelho,
Mistérios da mesma esfinge.
Somos
Pinceladas da mesma tela,
Paisagens da mesma vidraça,
Luzes do mesmo olhar,
Estrelas da mesma farda.
Somos
Asas da mesma estratosfera,
Pérolas do mesmo oceano,
Lágrimas do mesmo lustre,
Gotas do mesmo temporal.
Somos
Cordas do mesmo violino,
Claves da mesma pauta,
Notas da mesma tristeza,
Canções do mesmo Universo.
Somos
Plurais do mesmo amor singular,
Pluriformes na mesma vastidão;
Dois corpos e uma única substância.
Somos um só e que se dane o destino.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
APURAÇÃO
APURAÇÃO
Oswaldo Antônio Begiato
O que o coração
não vê
os olhos
não sentem.
Aprendi isso
com meu amor
(esse que me vive
fugindo da vista)
Que coisa!
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