sábado, 30 de abril de 2016

CARÍCIAS

CARÍCIAS
Oswaldo Antônio Begiato

Suas mãos acariciando o meu corpo
Na cama grávida de lençóis perfumados
Sacodem meu coração de um lado pra outro
Feito areia na peneira entre as mãos do pedreiro.

Arrepio meus pelos e meus polos suados
Na pele que moldo com o tesão de meu sexo
Mergulhado dentro de sua ternura escultural
Feito porco espinho frente ao perigo.

Fecho meus olhos com a força de meus desejos
Cego-me com uma cegueira repleta de paisagens
Onde minha alma percorre a sua com malícias
Feito uma viagem ao país utópico de seu corpo.

E assim corpo a corpo desnudados em permissões
Amo-te tanto a alma, como a carne, como o sangue,
No abismo suave do tempo que nos esquece
Feito eternidade que nos adota em seu segredo.

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